Por Agência Dominium
O Ministério de Minas e Energia (MME) realizou nesta terça-feira (19) o workshop “Gás Para Empregar e Harmonização Regulatória”. O evento faz parte de uma série de workshops que irão abordar os próximos passos para a regulamentação de políticas públicas no setor de óleo e gás, com destaque para a Lei do Combustível do Futuro, sancionada recentemente, e as novas políticas públicas aprovadas durante a última reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), em agosto.
Na abertura do evento, Pietro Mendes, Secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do MME, destacou medidas e estratégias que estão sendo adotadas como forma de expansão do mercado de gás natural no Brasil. O secretário destacou a Lei do Combustível do Futuro, relatada na Câmara dos Deputados pelo Deputado Federal Arnaldo Jardim (Cidadania-SP).
“Além de todas as medidas, trabalhamos no âmbito da Lei do Combustível do Futuro, no mandato do biometano, na medida que acreditamos que isso vai impulsionar a oferta de biometano”, afirmou Pietro Mendes.
O secretário destacou a importância do biometano e do gás natural para a economia nacional. “Desde quando o ministro Alexandre Silveira convidou para essa secretaria, sempre deixou claro a pauta do gás natural como assunto fundamental. Há questões essenciais como a promoção de uma reindustrialização, a retomada da produção de fertilizantes no território nacional, entre outras pautas”, declarou Pietro Mendes.
O evento também recebeu representantes do setor privado. Para Leidiani Mariani, sócia-fundadora e diretora executiva da Amplum Biogás, o potencial do biometano, no curto prazo, pode chegar a 20% de toda a oferta de gás natural.
“O biometano é essencial para a descarbonização da indústria e do transporte pesado no Brasil. Por isso mesmo precisamos integrar a discussão e o planejamento do gás natural com o biometano”, afirmou,
Sobre o gás natural, Marcello Weydt, diretor do Departamento de Gás Natural do MME, afirmou no evento que a pasta tem se empenhado em, cada vez mais, trazer as condições necessárias para novos investimentos no setor.
“O MME tem trabalhado para abrir o setor de gás natural, trazer mais oferta, concorrência entre os agentes e trazer o preço do gás natural mais competitivo, sendo uma ferramenta para alavancar a economia nacional”, afirmou.
Para Uallace Moreira Lima, Secretário de Desenvolvimento Industrial, Inovação, Comércio e Serviços do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), é essencial que a Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA) tenha o papel protagonista de operar diretamente na negociação do gás.
“Como empresa estatal, a PPSA precisa ter o papel estratégico de contribuir para que o setor privado tenha acesso ao insumo e a um produto desta natureza a um preço mais competitivo e condizente com o preço internacional”, concluiu.